Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ciclo do Etanol

A economia brasileira passou, ao longo da história por inúmeros ciclos econômicos: do pau-brasil, do ouro, da borracha, do café entre tantos outros. Estamos, pois, na eminência de um novo ciclo que vem buscando se implantar de forma consistente há algumas décadas: é o ciclo do álcool (ou do etanol). Os ciclos anteriores destruíram grandes áreas naturais, ceifaram vidas, utilizaram-se da escravidão e empobreceram nosso país, apesar da geração de grandes quantidades de riquezas.
Há quem garanta que o ciclo do álcool possa representar uma grande inovação se comparado aos anteriores: gerará energia alternativa aos combustíveis fósseis, ampliará a oferta de (sub)empregos e fortalecerá a economia do país. Isto parece real e, por conseguinte, animador, pois estes são demandas que assombram nosso dia-a-dia. Mas será mesmo que tudo caminha para termos finalmente descoberto “a galinha dos ovos de ouro” como lembra o dito popular? Se é tão espetacular assim, porque nenhuma outra nação ou mesmo o Brasil não pensou nisso antes?
Estas questões nos remetem a pensar que como em qualquer coisa, na questão álcool (etanol) também há o lado positivo (já descrito) e o negativo. Mas o que há de negativo então? É preciso lembrar que o álcool é produzido a partir da cana-de-açúcar e se for ampliada à produção de álcool há três alternativas: diminuir a produção de açúcar; substituir outras culturas por cana-de-açúcar ou devastar mais áreas florestais para cultivar o novo vegetal. Ao que parece as duas primeiras estão descartadas. Assim corremos o risco de reduzir ainda mais a qualidade de vida, já comprometida.
Afirma-se que a produção de etanol em larga escala amplia o leque de negócios e o faturamento de nossa economia. Ampliaremos nosso superávit comercial. Ocorre que para produzir álcool em escala comercial são necessários milhares de pés de cana-de-açúcar o que inviabiliza o cultivo em pequenas propriedades onde estão os agricultores mais empobrecidos de nosso país. Por tanto o crescimento econômico será para quem já é grande.
Analisando historicamente os ciclos já vividos, é prudente perguntar: onde está toda a riqueza gerada por eles? Restou algo positivo para distribuir entre os brasileiros? Alguém poderia dizer: as elites da época ensandecidas que eram, agiram de forma egoísta e concentraram em suas mãos o poder sobre o Estado, controlando assim a distribuição de riquezas. Será que não ampliaremos o fosso entre ricos e pobres?
Mais do que isso é importante discutir o trabalho nesse novo ciclo. Nos outros se utilizou do escravo, do índio, do imigrante. Trabalho oferecido a preços módicos sem qualquer direito ou dignidade. Se ampliarmos nossos canaviais alguém será empregado? Uma vez que máquinas já fazem o trabalho de milhares de pessoa nos canaviais poucos serão os chamados. Os que forem executarão tarefas deploráveis, tratados como sub-humanos.
Se de fato há uma preocupação ambiental, humana e ética, penso que seja necessário refletir com mais responsabilidade sobre o tema. Há quem queira apressar o processo porque deseja satisfazer seus interesses como é o caso do presidente George W. Bush (EUA) que quer combustível mais barato e abundante; outros que não desejam que se produza uma gota seque de álcool como os presidentes Hugo Chavéz (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) porque não sabem o que fazer com seu petróleo e seu gás, que além de manter economicamente seus países os mantém no poder.
A pergunta é: qual será a opção do Brasil? Satisfazer a fome devoradora de dignidade de Bush ou estremecer diante das pressões de “los hermanos”. Ou quiçá assumirá uma postura madura, nacionalista...


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Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.