Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Novos refugiados!

Desde que me conheço por gente, ouço falar de refugiados. Sempre que isso acontecia se via milhares de pessoas deixando sua terra para se proteger de grandes genocídios provocados por guerras, terror, etc. O resultado disto é que temos nações inteiras desalojadas, culturas dizimadas, identidades destruídas, dignidade perdida. Apesar disto ainda resta uma sinal de esperança de um dia poder voltar à sua pátria ou até mesmo (re)construí-la se for necessário.
Mas os tempos são outros, e como tantas coisas, o modelo de refugiados também é outro. Os novos flagelos humanos são os que vêem sua, sua cidade, sua nação simplesmente desaparecer. A estes, portanto nem a esperança resta. São os refugiados climáticos. Os deserdados ambientais. Literalmente o chão lhe sumiu aos pés! Não há mais para onde voltar. Discutir as causas já não é mais o tônus do debate, mas dúvidas como: o que acontecerá com estas pessoas? Quem os acolherá? Quantos serão?
O exemplo recente do Rio de Janeiro, traz a lembrança tragédias ocorridas também em Pernambuco e Alagoas em 2010 e Santa Catarina em 2008. Milhares de pessoas simplesmente não terão para onde voltar... Embora o quadro se desenhe assustador, não chega a surpreender! É a expressão do esgotamento, da exaustão!
Tuvalu, um arquipélago-nação no meio do Pacífico está condenado a desaparecer em poucos anos e outros paraísos e cidades litorâneas de todo o mundo estão na lista! Sem contar nos milhões de quilômetros de desertos que eclodem em meio a florestas e áreas produtivas. A medida que os tempos passam parece que nos aproximamos de um caos interminável, cruel, indigno e injusto!
A triste sentença que condena a humanidade ao caos vem sendo aplicada a todos. Se a prevenção não foi tomada como necessária, que se tome o remédio como obrigatório. Evidentemente que oferecer uma nova casa, construir uma nova cidade, um novo bairro não devolverá aos refugiados climáticos, a sua dignidade. Ser gente é muito mais do que habitar, sobreviver. Ser gente é ter identidade, história, passado, lugar.
Imagine o leitor e a leitora, se de uma hora para outra fosse preciso se implantar num outro lugar, com novos hábitos, novas condutas; se seu passado simplesmente fosse engolido pelo caos ambiental; se fosse necessário literalmente nascer de novo. Este novo nascer não é como curar-se de uma terrível doença ou de um grave acidente. É morrer e ser obrigado a assistir a própria morte.
O mais surpreendente é que pouco se fala a respeito disso. A imprensa tem tratado modestamente o assunto e quando trata é de forma superficial. A grande mídia prefere ignorar e mostrar a tragédia até fazer dela um fato comum. O tema causa constrangimento a quem tem a obrigação de apontar soluções, mesmo porque são os causadores desta tragédia. Como justificativa há quem afirme tudo isso é fruto do processo de globalização. Vale dizer que seja qual for o processo temos seres humanos em questão.
Se não temos como devolver a dignidade perdida, que não se permita que mais gente a perca. Que se tomem urgentes providências, que a ONU cumpra seu papel, que as igrejas façam valer seu poder, que os governos democratas arrastem pelo exemplo. Enfim que a humanidade seja capaz de oferecer a si mesma a esperança de que o fim não está tão próximo quanto se tem previsto. A menos que estejamos diante de uma espécie kamikaze.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Perigo e Medo do Ócio!

A convivência pode ser uma virtude ou um problema para o ser humano. Os excessos de convivência podem gerar conflitos, a falta de postura no ato de conviver pode torná-lo inviável. Isso entre vizinhos, parentes distantes, amigos, colegas de trabalho, etc. Mas entre pais e filhos, esposo e esposa a realidade é outra. A convivência é o que há de fundamental para que sintam fortalecidos os laços que os unem. O tempo ocioso (férias, finais de semana) é o espaço entre uma jornada e outra em que o convívio se faz acontecer. É um exercício de humanidade. Somente o ser humano é capaz de fazer do tempo ocioso, um tempo de vida, bem-querer. Um tempo para sentir-se feliz, sentir-se gente. Para analisar este tema utilizo-me de dois ditos populares: “mente ociosa, oficina do diabo” e “o trabalho dignifica o homem”.

O primeiro refere-se ao fato de que é preciso manter a mente das pessoas ocupadas com “coisas úteis” para que não se quede ao mal. Estas coisas úteis são: o trabalho, cursinhos intensivos, participação em grupos sociais, etc. Quem já não recebeu através de seu correio eletrônico, convites para fazer cursinhos ou participar de alguma atividade enquanto está gozando de suas férias ou para as suas horas ociosas? É preciso que as pessoas saiam de suas casas, afastem-se de seus familiares mais próximos. Talvez por isso muitos pais não saibam o que fazer com seus filhos nos períodos de férias ou num dia em que a escola pare para alguma reunião ou num final de semana.

A segunda refere-se ao fato de que o um ser humano será completo se exercer alguma atividade laboral. O trabalho não é apenas uma questão de sobrevivência, mas de garantia de que se pertence a um grupo seleto de pessoas: as dignas. O trabalho dignifica o homem sim, mas quando exercido com dignidade. Ao tornar o homem escravo de uma rotina perversa, que o exclua do convívio da família, transforma-o numa máquina, sem dignidade e sem vida.

O medo do ócio e o perigo por ele gerado tem transformado o ser humano numa “coisa”. Não é gratuita a preocupação de algumas pessoas em ser substituídas por máquinas, afinal fazem de sua vida o que qualquer máquina faria. Muitas vezes esta preocupação tem se confirmado, pois a tecnologia, criada pelo próprio homem, ao contrário de lhe oferecer mais tempo para o convívio, tira-lhe o sustento e a própria dignidade. A geração atual tem ocupado o seu tempo trabalhando e se especializando para garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Os filhos são criados por estranhos, os velhos acompanhados por cuidadores! Refeição em família torna-se parte da tradição de Natal. No cotidiano diário não há refeições e muito menos em família. Como imaginar “perder tempo” para almoçar? Teríamos então um terceiro jargão: “tempo é dinheiro”. O mesmo dinheiro usado para custear longos tratamentos médicos de quem durante décadas não cuidou de seu corpo. De quem fez do ócio seu maior inimigo, transformando-o em um verdadeiro demônio.

Ser gente ainda é algo que somente as pessoas sabem fazer. Trabalhar, estudar são invenções que devem ajudar as pessoas a ser mais gente; a ter mais tempo para as outras pessoas. Uma conversa à mesa, uma brincadeira na varanda, uma pescaria, um bom livro são coisas de gente. Gente que faz de seu ócio um tempo de felicidade!

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.