Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

terça-feira, 31 de maio de 2011

As mídias como instrumento de formatação humana: uma análise ética na contracorrente da mecanização do ensino

A inserção de equipamentos, programas e tecnologias na vida humana é inegável. Sabe-se também que esta inserção não é fruto do acaso, mas da consolidação de um processo histórico, através do qual, invenções e descobertas possibilitam uma nova relação entre os seres humanos. É consensual também, o fato de se reconhecer as mídias como um conjunto de aparatos criados e manipulados exclusivamente por seres humanos, refutando completamente a idéia de que as máquinas estão em condições de dominar seres humanos. O que há de fato são seres humanos dominando outros através de máquinas, fenômeno perceptível em relação às mídias.
Ao contrário de outras máquinas e tecnologias, como carros, eletrodomésticos, as mídias não interferem na execução de tarefas mecânicas, mas nas cognitivas, interferindo na capacidade de criar, questionar e conviver entre seres humanos. O fascínio que estas tecnologias despertam nos seres humanos tem sido identificado como uma estratégia para formatar mentes e hábitos. “Adequações” de linguagens, métodos e formatos transformam seres humanos em meros espectadores, sentenciados a deslocar-se para um mundo irreal.
Certamente a TV foi um dos grandes acontecimentos do século XX e seus mentores, diretores e roteiristas transformam seu trabalho num constante exercício de conquista de espectadores. Sua popularização, foi estratégica para a disseminação de ideologias e hábitos tendenciosos que induzem as pessoas a renunciar a sua condição de pensante. Sob o ponto de vista da formatação humana, é importante que a máquina acomode o espectador, transmitindo-lhe informações “pensadas”.
Nos últimos anos, tem se percebido um fenômeno semelhante em relação ao computador e a INTERNET, agregando ainda o fato de serem extremamente interativos. Estabeleceu-se um mundo paralelo ao físico: o chamado mundo virtual. Porém não é um mundo determinado por leis naturais e fenômenos espontâneos, movido por sentimentos e relações. Trata-se de um mundo construído, arquitetado, conforme interesses e valores determinados por grupos que buscam dominar outros. É um mundo essencialmente comercial e direcionado a interesses, posturas e valores que conforme sua origem, podem comprometer até mesmo a dignidade humana.
Ao se inserir as mídias na educação, corre-se o risco incorporar todos estes riscos ao processo de formação humana, deformando pessoas e formatando gerações. O risco maior, o da mecanização do ensino, é contrário a qualquer valor ético que se possa desejar inserir ao ensino. A submissão à máquina, aos programas, as limitações geradas pela previsibilidade sistemática do mundo virtual representam uma forma cruel de desumanizar o ensino, lançando a um segundo plano, valores como convivência, solidariedade e respeito.
O que se deseja para o futuro da escola não são apenas tecnologias inovadoras, mas relações afetivas que comprometam as pessoas com seu próprio futuro. Uma geração que reconheça na máquina, apenas um instrumento de auxilio para que possa dedicar-se mais a necessidade ser gente. Ser gente, neste contexto, não se resume em ser hábil ao executar determinadas tarefas, mas ser flexível para encantar-se com o imprevisível, ser dialético para não se aceitar formatado.
Um bom programa educativo jamais poderá ser tão bom quanto um bom diálogo entre educador e educando. Um diálogo pautado no respeito e na contradição, de quem se percebe constante aprendente e que não deseja ser apenas treinado. Enfim, um ser humano que se rebele e lute pela direito de ser amorfo e jamais se permitir caber numa ou noutra fôrma. Para isso é necessário um educador-gente e não apenas um instrutor, que faça do ato educativo, um momento de encantamento do ser humano, pela beleza de ser gente.

sábado, 21 de maio de 2011

Autoridade, Populismo e Mediocridade na Gestão Pública

Graças a democracia a gestão pública tem vivenciado inúmeras transformações conduzindo-a cada vez para mais perto das pessoas e dos interesses das comunidades. A verdadeira autoridade pública tem se aproximado das pessoas através da chamada gestão democrática pautada em valores e princípios básicos. Estão entre estes princípios estão a garantia do respeito ao interesse público, a otimização dos recursos, a descentralização da gestão, a subordinação a lei e a obediência a valores éticos quando da gestão do patrimônio público.

Assim, a autoridade é um elemento articulador de ações que em favor da melhoria da vida das pessoas, volta-se ao interesse da coletividade. Não há mais espaço para arrogâncias, imposições e abusos. Há poucos que ainda ostentam seus cargos como forma de sobrepor aos outros, encarnando o poder como instrumento de dominação. Assumem assim uma postura medíocre, de pouca credibilidade, normalmente populistas sustentados em discursos e bravatas que pouco convencem.

Umas das formas de extirpar este estágio de mediocridade é exercer plenamente a democracia. O Brasil está consolidando esta prática renovando legislativos, governos e confirmando gestores que demonstrem respeito às pessoas e aos interesses públicos. Se não é o modelo ideal, mas é o que melhor resultados têm produzido. Democratizar a gestão pública implica em fazer com que cada gestor priorize o coletivo em detrimento do individual.

Assim um gestor público não pode simplesmente atender interesses politiqueiros e mesquinhos de líderes, que em nome da representação popular, agem de forma prepotente e inconseqüente para defender interesses individuais e até pessoais. Se estivessem atentos aos interesses da população estariam mais preocupados em fortalecer a autoridade de quem está construindo uma nova postura frente aos desafios do cotidiano.

Estes desafios caracterizam-se pelo cumprimento rigoroso da lei e pela incessante preocupação em ser justo tratando a todos por igual, respeitando as diferenças. Assim não há mais espaço para o “jeitinho” e para o improviso o que pode causar estranheza naqueles que contam com isso para manter sua “popularidade” e omitir sua mediocridade.

Desta forma com o aperfeiçoamento da democracia e a profissionalização da gestão pública está se construindo uma nova fase do exercício da autoridade. Cumprir a lei, ser justo, coerente e ético na gestão pública passa a ser a regra e com isso consolida-se um tempo de respeito ao patrimônio e a dignidade da coletividade.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A justiça como instrumento de consolidação da Paz Mundial

O terror tem assombrado este início de século de tal forma que há um clima generalizado de desconfiança, ameaças e discursos radicais em favor de teses no mínimo perigosas. Como nada é fruto do acaso, sabe-se que houve uma série de eventos históricos que suscitaram o ódio entre diferentes “civilizações” dividindo o mundo entre “bons” e “maus”. Graças a isso tornou-se possível conceber como natural o fato de alguns poderem e outros não, de alguns comerem e outros não. Enfim, dividiu-se o mundo em fragmentos “legitimamente” caracterizados expondo uma chaga cruel dos chamados tempos “pós-moderno”.
Ocorre que este enquadramento não foi absorvido por todos com a “naturalidade” prevista e se tem percebido uma reinvenção do próprio conceito de guerra. Se antes seria conveniente invadir territórios para tomar as pessoas e as mentes, hoje toma-se a mente das pessoas para depois tomar-lhe os bens, o território, as riquezas. O chamado terror tem tomado não apenas o sossego, mas gerou uma instabilidade emocional coletiva poucas vezes vista na história da humanidade. A morte de Osama Bin Laden, ostentada como um troféu revela apenas uma vingança, nos mesmo moldes das ações cometidas por ele. Parece muito pouco diante da promessa de se fazer justiça e buscar construir um tempo de paz mundial. Como diz Leonardo Boff “se fez vingança, mas não se fez justiça”.
Afinal se o terror representa uma ameaça ao mundo contemporâneo, o que dizer de nações que invadem outras, interferem politicamente em seus vizinhos, estabelecem regras unilateralmente? Afinal a submissão e remota possibilidade de construir uma identidade nacional, a que muitos países foram submetidos ao longo de décadas, lançando-os a miséria, é menos cruel que as ditas práticas terroristas? Afinal, se realmente é possível dividir as nações em eixos do bem e do mal, como serão formados estes eixos? E os povos que compõe estas nações também são do bem e do mal?
Essa prática maniqueísta e manipuladora de líderes insanos tem encharcado nosso chão de sangue, mutilado corpos e almas, gerado milhares de órfãos e refugiados. Não é por acaso que as vitimas da naturalização da miséria e exclusão sejam facilmente manipuladas por oportunistas transformando-os num verdadeiro exército suicida. Neste contexto falar de paz é muito mais do que desarmar. Embora utópico, o conceito de paz está intimamente ligado ao conceito de tolerância e respeito universais, solidariedade e humanidade. O que se percebe é uma necessidade eminente de se promover uma reinvenção do jeito de ser gente.
Partilhar de um mesmo lar (planeta) é também partilhar do tempo e da história. Partilhar nos remete ao conceito de que somos uma grande família onde cada membro contribui com o que dispõe e usufrui do que precisa. Quando deixa de contribuir com sua função e usufrui mais do que precisa gera injustiça, marginalização, exclusão e desigualdade. Diante disto torna-se extremamente difícil sonhar com paz mundial! Ao se fazer justiça, inspirados na solidariedade e no respeito aos diferentes está se escrevendo a primeira página de uma nova história...

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.