Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Enfim 2012...

Enfim 2012! As previsões afirmam que este será o ano derradeiro. Será mesmo verdade? Haverá mesmo uma grande hecatombe? Quais as chances reais disto acontecer? Escusem-me os místicos e supersticiosos de plantão, mas valo-me da ciência para dizer que a chance disto acontecer em 2012 é a mesma de acontecer neste exato momento ou em qualquer outro. Considerando a ordem natural dos acontecimentos é preciso dizer que cronologicamente 2012 será um ano de grandes demandas. Demandas políticas, econômicas, sociais, ambientais e humanitárias para evitar o grande colapso planetário. Afinal a América estará em eleições e como a grande parte do mundo subserviente veleja pelos sopros “generosos” de Tio San, guerras começam e terminam num piscar de olhos; nações inteiras rastejam pedindo clemência econômica e sacrificando seu povo para manter algumas poucas economias num nível mínimo de sustentabilidade. Nem mesmo as cada vez mais intensas e frequentes tragédias ambientais despertam os gigantes econômicos para a enorme tarefa de salvar a vida do Planeta. Em nosso país haverá uma nova eleição municipal, momento sublime da democracia em consolidação e de grande expectativa enquanto se decide se corrupção é crime. Sem dúvida um tempo de eleitores confusos e perplexos com um grande poder em suas mãos e com enorme dúvida se poderão exerce-lo de fato. Afinal a Ficha Limpa vale ou não vale? Em 2012, finalmente integridade e decência serão importantes ou ainda vamos tentar escolher o menos pior? Estaremos diante de uma hecatombe previsível até para o maior dos céticos? Será enfim 2012, o ano da quebra de alguns dos mais odiosos paradigmas como o de que nem todos podem e os que podem sempre querem poder mais? Será em 2012 o início de uma nova forma de convívio entre os diferentes seres humanos? A Terra será vista com a grande Mãe (viva) e geradora de vida? No que depender de nossos desejos, repetidos ano após ano, sabemos quais seriam as respostas, porém ainda nos predemos a esperanças. Apenas lamentáveis esperanças! Afinal que todos sejam tratados por igual, que todos se respeitem e que a Terra seja santuário de vida é extremamente elementar num mundo que se diz pós-moderno. Mas afinal se não houver esperança, perderíamos a razão de lutar por algo que ainda não temos, seja ou não elementar. Mesmo que nada do que desejamos se realize conforme imaginamos, que não cheguemos ao final de 2012 lamentando a covarde postura de quem sequer se dispôs a fazer sua parte. Que em 2012, façamos a nossa parte, sejamos felizes e façamos a felicidades dos que nos acompanham pela vida!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Então é Natal...

Luzes, canções, presépios, árvores, celebrações e infinitas mensagens se multiplicam, por que é Natal. Há sempre quem queira relembrar o verdadeiro sentido do Natal e a seu modo procuram inserir o nascimento de Cristo como o grande evento a ser celebrado, como de fato é. Mas o fato é que um grande Natal tem sido aquele em que superou o anterior em vendas, com recordes de produtos consumidos e de dinheiro circulando. Mas há temas que merecem, neste tempo, uma reflexão mais profunda... Inicialmente o fato de movimentar a economia não é de todo ruim, pois gera trabalho, emprego e renda. O grande problema que remete a inúmeras reflexões é a perda do sentido místico e transcendente (religioso) e o acesso restrito aos produtos que tanto querem que se consumam. Numa análise mais profunda há mazelas que merecem discussões permanentes, não apenas no Natal mas ao longo de todos os dias, todos os meses e anos. Em 2011, por exemplo, discutiu-se muito acerca da questão ambiental, mas em nome do sucesso econômico de um modelo ecologicamente fracassado, protelou-se a implementação de soluções. Trazendo o tema para o Natal, cada produto consumido (especialmente os supérfluos) produz um impacto antes, durante a após sua produção. Mas com o “desespero econômico” do continente europeu não é possível imaginar que a questão ambiental seja tratada com a seriedade que merece, em 2012. Em 2011, outro assunto sempre presente em todas as mídias, como reflexo da prática de muitos de nossos políticos, é a corrupção. Se muitas ceias deste Natal forem menos fartas ou simplesmente não acontecerem é por que a falta de ética e respeito de homens públicos transformam nossas contribuições tributárias em inspiração inesgotável para a sua voracidade. A despreocupação com estes dois temas, entre tantos, acaba por consolidá-los como naturais e aos poucos passa-se a conviver e até aderir a estas práticas. Assim, neste Natal poderíamos aproveitar toda a mística que o envolve e além de partilhar presentes, mensagens e ceias, celebrar o início de uma nova vida. Uma vida atenta aos valores mais simples e também mais complexos que poderão nos garantir o direito de sonhar. Sonhar que o nascimento de Jesus, com toda a sua simplicidade foi e é divinamente projetado para que cada ser humano se veja como um mero ser que habita este planeta, mas com uma responsabilidade maior pela sua proximidade com Deus. Afinal Ele manifestou toda a sua generosidade através de seu Filho feito homem. Em tempos em que “ser do bem” virou um certo modismo é preciso compreender que o bem não faz mal a ninguém e o mal não faz bem a ninguém. Cuidar do planeta, respeitar o patrimônio público são esforços coletivos que merecem a atenção de todos. Da mesma forma assumir valores individuais e aparentemente tradicionais, como família e religião é uma necessidade eminente. Afinal em nome da ruptura de paradigmas, lançou-se a humanidade a uma liberdade que mais se assemelha a anarquia. Assim, que este Natal seja uma esperança de recomeço, onde a liberdade seja usufruída com a sensibilidade necessária para que o bem seja o valor maior. Bem que nos faça melhores como parte de uma família e como habitantes deste planeta.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Para que ter fé?

Certamente não há ser humano que pelo menos uma vez na vida não tenha parado para pensar em Deus. Independente de sua confissão religiosa, de seu credo e até de seu descredo, a divindade não é um elemento estranho, oculto ou desconhecido. Os mais fervorosos ateus, certamente estão entre os que mais analisaram, pensaram e discutiram a figura de Deus. Associa-se a Sua figura a necessidade de se ter fé. Este é um estágio mais aprofundado da discussão desta figura, quando se passa não apenas a discutir sobre Deus, mas passa-se a tratar com Deus. A fé é o caminho pelo qual se constrói a verdadeira intimidade com Deus. Não se trata de apenas acreditar, mas entregar-se confiantemente a Ele de tal forma que não há espaços para dúvidas. Fé presume fidelidade, ou seja, ter fé em Deus é reservar-lhe um espaço que sempre foi, é e será seu. Fé também tem a ver com suficiência. Ao testemunhar sua fé, o sujeito assume a condição de que para aquelas perguntas não cabem outras respostas. Mas e os conflitos entre ciência e religião que tem produzido confrontos, desentendimentos e até preconceitos? Ora, como não se questiona um engenheiro para que este construa um diagnóstico de uma enfermidade ou um médico quanto a durabilidade de uma construção, pois há conceitos específicos para a engenharia e para a medicina, assim também ocorre com a ciência e religião. Há fenômenos e circunstâncias que só podem ser tratadas pela ciência, assim como outros somente pela religião. Fazer com que uma faça o papel da outra é descaracterizar a ambas. A fé definitivamente não tem um caráter científico, assim como a ciência não tem um caráter místico. Mas como muitos fenômenos ainda não foram elucidados, historicamente, atribuem-se explicações às divindades. Mas retomando o conceito de fé, é preciso descrever-lhe algumas atribuições. Uma delas é estabelecer um caráter transcendente ao ser humano, fazendo-o sensível às suas atribuições e á sua missão. Outra atribuição é estabelecer um vínculo entre o sujeito e sua própria transcendência. Não há como aproximar-se de Deus senão pela fé. Outro aspecto fundamental da fé é seu caráter único. Assim como o mesmo servo não pode servir a dois senhores, um único indivíduo não pode manifestar duas formas de fé. A constante necessidade de respostas a fenômenos desconhecidos ou a perguntas sobre as quais ainda não se encontrou um esclarecimento atiçam a criatividade e a “esperteza” humanas e surgem “respostas mágicas” e enredos grotescos que distorcem qualquer tentativa de estabelecer vínculos de fé ou de acesso a Deus. Um dos fenômenos para os quais se recorre a fé para encontrar explicações é a morte. O inconformismo com o fim biológico e a expectativa em relação à continuidade espiritual faz surgir “esperanças” diversas e não comprovadas como é o caso do processo de reencarnação onde biológico e transcendente se confundem. Assim afirma-se que a obra divina é imperfeita e como tal necessita constantemente ser refeita, passando por um processo claro de “evolução”. Seria esta uma forma de se ter fé? Seria uma fé com buscas científicas? Em relação a mesma busca, encontram-se interpretações que afirmam que retornaremos a uma dimensão paradisíaca de infinita felicidade. Mas afinal cabe ao ser humano a luz daquilo que conhece julgar como seria este lugar e defini-lo como de absoluta felicidade? Teria o ser humano, na condição de criatura, meios para compreender, descrever e dimensionar o Criador e suas intenções? Como dissemos a fé é o caminho pelo qual construímos nossa intimidade com Deus e toda a intimidade exige amorosidade. Assim, enquanto experiência amorosa a fé é um valor, cuja intensidade e descrição não cabem em métodos conhecidos ou descritos. É muito mais uma experiência individual, única e particular do que um modelo a ser representado. Mas para que ter fé? Esta é uma resposta igualmente individual, única e particular, a ser construída pela experiência vivenciada. O cuidado a ser tomado neste momento está na necessidade de se estabelecer uma fé individual capaz de servir de caminho para Deus. Uma fé que não admita a ingenuidade de supor que Deus é apenas um “sujeito” capaz de solucionar pequenos problemas do cotidiano. Pela fé podemos perceber a grande necessidade de Salvação. Utilizar algo tão precioso como a fé para encontrar respostas ralas para questões tão complexas é no mínimo desmerecer o grande sacrifício do Criador. É imaginar que a criatura superou o criador e pode dominá-lo. Devaneio humano...

sábado, 3 de dezembro de 2011

De quem é a culpa?

O final de mais um ano letivo faz ressoar esta pergunta em diferentes contextos, mas com o mesmo propósito. Justificar o que não deu certo. Assim, pais, alunos e até professores procuram identificar culpados pelo fracasso que na verdade foi de todos e do qual todos são vítimas. Há um longo processo histórico em que equívocos, interpretações distorcidas, ações descoordenadas induziram à educação a assumir funções que não lhe cabem e a renunciar as que lhe são exclusivas. O que efetivamente deveria ser perguntado neste momento é: onde erramos e como vamos fazer para resolver ou pelo menos o que fazer para não repetir o mesmo erro? Obviamente isto exige comprometimento, mudanças de postura e a retomada de uma série de atribuições da família, da escola, dos gestores e de toda a comunidade escolar. Assim, a remota possibilidade de se achar um culpado ativa a de uma isenção coletiva. Ora, se um culpado for encontrado a ele caberá a responsabilidade da correção. Durante muito tempo a escola se insentou e lançou a culpa sobre a sociedade e especialmente sobre a família. Excluiu pessoas, baseou-se num modelo tecnicista de ensino, promoveu reprovações em massa, etc. Mais recentemente, por força da má (intencionada) interpretação das leis e normativas, a culpa tende a voltar-se sobre a escola, chegando a convertê-la em segunda família. Ora família é família e escola é escola. São instituições distintas,com atribuições próprias que se complementam, mas jamais se fundem. O fato é que reprovações, insucessos ou aprovações sem se atingir os objetivos e metas planejados,denotam a explícita necessidade de deixar a caça aos culpados de lado, e procurar construir soluções imediatamente. Afinal nossas crianças e adolescentes precisam ter o direito de ter esperança e não podem adiar o seu ingresso no futuro. Se hoje vemos jovens, que após mais de uma década de escolarização, incapazes de escrever uma frase ou interpretar um parágrafo, precisamos nos preocupar. Neste sentido precisamos atuar duas frentes básicas: políticas públicas e partilha de responsabilidades. Quanto as políticas públicas, de responsabilidade do Estado (municípios, estados e união), estas devem procurar oportunizar universalmente, condições de acesso e permanência de crianças e adolescentes, numa escola de qualidade. Esta qualidade diz respeito a estrutura física, projetos pedagógicos consistentes, profissionais qualificados e bem remunerados, gestão profissional e prioridades democraticamente definidas. Quanto a partilha de responsabilidades, trata-se de uma discussão profunda e permanente entre escola, famílias e entidades comunitárias. Esta discussão não pode se debruçar sobre culpados, mas sobre o que cada um deve fazer para contribuir com o outro, no propósito de encontrar soluções. Um trabalho solidário, partilhando responsabilidade, jamais culpas. O comprometimento coletivo e a junção de habilidades e possibilidades pode ser a diferença entre a esperança e o conformismo, a mudança e a estagnação. Diante disto podemos concluir, para os ávidos por respostas, de que a culpa é de todos nós, que tanto insistimos em achar culpados. Não somente culpados pela situação propriamente dita, mas pela falta de perspectivas de soluções. O fato concreto é que o fracasso de cada criança e de cada adolescente é o resultado da somatória do fracasso de todos aqueles que poderiam ter construído soluções, mas se acovardaram na busca de culpados.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.