Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 11 de novembro de 2012

Desenvolvimento econômico insustentável: um modelo brasileiro

Em tempos em que o termo sustentabilidade é considerado fundamental para toda e qualquer atividade humano, cumpre analisar as razões que tornam tão difícil a sua aplicabilidade. Inicialmente parte-se do princípio de que a sustentabilidade seja possível, o que já é questionado por importantes pensadores modernos. Na hipótese de sê-lo há que se considerar diferentes aspectos históricos, culturais e políticos que conduziram-nos a um modelo definitivamente insustentável. O Brasil, até meados do século XX era um país essencialmente agrícola, exportador de commodities e pouco expressivo na produção de manufaturados ou industrializados. Inicia-se então o processo de industrialização especialmente através da indústria automobilística. Alguns equívocos podem ser percebidos de imediato: as grandes montadoras são estrangeiras; a tecnologia e o conhecimento aplicados são estrangeiros; o público brasileiro não estava preparado para consumir o produto (veículos); não se preparou o país para suportar a inserção de milhares de veículos anualmente em sua malha viária; a produção demanda um grande contingente de recursos naturais. Assim explorou-se exaustivamente a mão de obra barata, os recursos naturais abundantes sem que houvesse uma preocupação efetiva com o impacto de tudo isso na realidade econômica e ecológica brasileira. Para que parte da sustentabilidade seja alcançada procurou-se popularizar o automóvel facilitando sua aquisição, seja pelo valor ou por linhas de crédito; transformá-lo em motivo de status e não apenas considerá-lo como um meio de locomoção. Entretanto não se dispensou preocupação efetiva em relação a estrutura viária e hoje vemos cidades transformadas em grandes estacionamentos e pessoas tomadas por dívidas e com um bem em constante desvalorização. Sem falar no grande dano ambiental gerado pela sua produção e pela sua utilização. Os outros setores da indústria percorreram caminhos semelhantes porém não tão impactantes. Pensar em sustentabilidade de um modelo concebido neste formado permite compreender a dimensão utópica que este conceito abrange. Hoje pagamos pela despreocupação do passado, uma vez que uma das grandes preocupações atuais é a mobilidade urbana. É preciso reconhecer também a incapacidade preventiva do Estado que não desenvolveu estratégias eficientes de transporte coletivo utilizando os diversos modais disponíveis. Conclui-se que incompetência e insustentabilidade são conceitos complementares e efetivamente assimilados pelo Estado brasileiro. Parece que há uma vocação por corrigir em detrimento de prevenir. O caos ecológico e econômico gerado por atitudes impensadas reflete concretamente na qualidade de vida das pessoas. Perdem-se horas em rodovias transformadas em estacionamentos, respira-se mal e gasta-se parte do trabalho para pagar a conta. Definitivamente estamos na contramão de qualquer tentativa de sustentabilidade. Precisa-se de um Estado competente que pense nas futuras gerações e não de políticos que planejem apenas as próximas eleições; de cidadãos que se percebam mais do que potenciais consumidores, mas autores de uma história mais sustentável mais digna e com reais perspectivas de futuro.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.