Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Avaliação nota dez para reprovação zero

A cada ano as políticas públicas em educação tendem para o que se pode chamar de reprovação zero. Há quem diga que isto acontece para que o poder público possa alcançar índices numéricos positivos para mascarar certas deficiências, enganando-se e enganando a toda a sociedade com aprovações não necessariamente vinculadas ao sucesso do processo educativo. Efetivamente são opiniões válidas e que num ambiente democrático podem e devem ser respeitadas, porém passivas de discussões e crítica. O que mais encaminha à crítica é a forma como a reprovação é produzida: um sistema de ensino metodologicamente arcaico e uma avaliação unidirecional e punitiva. Ao se considerar o que ocorre na maioria das escolas públicas, com honradas exceções, percebe-se uma tendência e induzir às pessoas (educadores, gestores e educandos) a acreditarem que o conhecimento só existe e é possível passando pela escola. Sendo assim, a forma como esta o apresenta é a única aceita e, portanto avaliada positivamente. Eis umas das fontes da reprovação, quando o educando não se adapta ao “sistema”. Este passa a personificar algo quase místico, pois poucos lembram-se que o “sistema” é produzido e sustentado por pessoas (gestores, educadores). O processo educativo sistematizado nestes moldes não se percebe da mudança permanente em que os seres humanos e o conhecimento estão inseridos. Não se percebe de que é preciso “preparar” as pessoas para o contato com o conhecimento. Prepará-las para que saibam compreender a intencionalidade e a imparcialidade de cada novo conceito e suas conseqüências para a vida como um todo. Prepará-los para que saibam responder perguntas, resolver problemas e a questionar de forma crítica, os conceitos postos, visto que a ciência é por excelência um exercício de crítica e curiosidade. Vale dizer entretanto que os conhecimentos arcaicos são sumamente significativos se considerarmos a historicidade da ciência e do conhecimento, pois impulsionaram novas perguntas, problematizações e novos saberes. O arcaísmo condenável é a imitação engessada e insana de valores superados que conduzem a uma cultura escolar do desprazer, do sacrifício e do autoritarismo. A avaliação implícita neste contexto pressupõe uma certa arrogância da escola sobre os educandos, considerando-se detentora de um saber imprescindível o qual deve ser assimilada compulsivamente. Partindo disto surge o caráter unidirecional e punitivo da avaliação, especialmente aos que compreendem a escola como não sendo a depositária exclusiva dos saberes necessários ao futuro das pessoas. Aos que questionam ou discordam resta a ameaça da retenção (reprovação), por parte de quem pretende conservar um pseudo-poder sobre os educandos. O arcaísmo escolar deseja sustentar este poder, negando outras fontes de saberes e principalmente as novas demandas do processo educativo, que se fundamentam na necessidade de incitar a curiosidade, a criticidade e a potencialidade reflexiva de cada sujeito. Obviamente que para tanto é fundamental que cada educador se sinta suficientemente disponível à mudança e à constante transformação e construa sua autoridade pela confiança e pela potencialidade transformadora de seu trabalho na vida dos educandos. Quando este trabalho estiver ameaçado por questões disciplinares ou até de violência é preciso recorrer a outros instrumentos legais e institucionais. O primeiro passo nestes casos é exigir da família a sua participação no processo, que é intransferível no que diz respeito a construção de certos valores como respeito, ética e solidariedade. Esta distorção transcende inclusive às funções da própria instituição escolar a qual não responde por atitudes punitivas em relação a questões de caráter por exemplo. Impor respeito pelo “poder do medo” transforma a instituição escolar num espaço desprovido de atrativos e os educadores em caricaturas de um processo ultrapassado e sem sentido. Assim avaliar será um ato diagnóstico, revisor e crítico de um processo no qual está implicitamente inserida. Cabe-lhe a função de apresentar a compreensão de tal processo (o educativo) e estabelecer caminhos pelos quais será possível à instituição escola cumprir a sua. A mera solução pela retenção (reprovação) revela neste contexto, um fracasso evidente de diferentes atores do processo educativo: escola, família e poder público. Assim faz-se necessária uma inovação de posturas por parte da escola, novas condutas familiares e a promoção de novas políticas públicas educacionais por parte dos gestores públicos.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.