Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Escola Pau-de-Arara

Toda nação, sociedade, família e pessoa é constantemente chamada a fazer opções. Assim tudo o que temos e o que somos é fruto da decisão tomada num determinado momento por alguém ou grupo. Assim houve países que optaram por serem campeões em ciência, outros em tecnologia, outros em cultura, outros em infra-estrutura, outros em futebol. Conforme a opção planejou-se a inserção do Estado na dinâmica da referida sociedade, das famílias e da vida das pessoas. Os que optaram pela ciência, tecnologia e cultura, construíram escolas, formaram bons professores, apostaram em cérebros. Os que optaram pelo futebol construíram monumentais estádios e tornaram-se exportadores de jogadores de futebol. O Brasil optou por este caminho! Não que o futebol deva ser culpado por isso, ao contrário, trata-se de um esporte capaz de promover saúde, gerar riqueza e acessível a todos. Os que optaram pela ciência, tecnologia e cultura também possuem grandes estádios e excelentes jogadores. A diferença é que o futebol surgiu como consequência. Países arrasados por guerras e grandes catástrofes, em poucas décadas tornaram-se exportadores de tecnologias e conhecimentos. O Brasil tornou-se exportador de minério e soja e um grande importador de chips. Um dos motivos disto é que ainda vivemos num país em que apresentamos às nossas crianças, uma “Escola Pau-de-Arara”. Esta expressão é do professor Cristovam Buarque, citada no seminário “Caminhos para a inovação 2013: a ciência no futuro da saúde e dos esportes”. A escola pública brasileira em nível básico, salvo algumas exceções, é um espaço de improvisos, de sobras e experimentos teóricos e políticos inconseqüentes. Assim como o caminhão pau-de-arara, é desconfortável, superlotada, pouco segura e dirigida com pouca habilidade e preocupação em relação aos seus ocupantes. Feita esta constatação, que não constitui numa grande novidade, caminhemos para a solução, para que deixemos de ser apenas o país do futebol, mas também da ciência, da tecnologia, da cultura e da infra-estrutura. Também não constitui novidade dizer que este caminho passa (ou se inicia) por uma educação de base semelhante a uma moderna composição metroviária, com estações confortáveis, vagões seguros, com horários precisos, itinerários bem planejados e manutenção diária. Mas que escola é essa? Que soluções pode-se apresentar? Não são necessariamente novidades do ponto de vista teórico, mas algo ainda quase inatingível à nossa realidade. A primeira delas, como grande fundamento é a gestão profissional e democrática. O gestor de escola necessita ser qualificado técnica e eticamente para ser capaz de otimizar recursos, tempo e mentes. O aspecto democrático funde-se com o profissional quando o gestor fundamenta sua ação em ouvir sua comunidade local e atentar para a evolução histórica vivida pelo mundo contemporâneo. Outro aspecto é a oferta de salários melhores aos profissionais da educação, para atrair os melhores cérebros para o magistério. Poucos são os jovens que desejam efetivamente ser educadores. A exemplo do aspecto da gestão, o salarial, depende de uma opção política. Uma opção pelo futuro, pelas próximas gerações e não apenas pelas próximas eleições. Aliado a isso há também um aspecto pessoal do ser humano que deseja ser educador: gostar de gente. Não há como pensar numa escola acolhedora, segura e atraente dirigida e constituída por gestores e educadores que não apreciem a beleza de ser gente. Por fim, porém não menos importante, há os aspectos estrutural e metodológico. Não há como atender seres humanos em espaços improvisados e financiados por sobras. Tecnologias são instrumentos auxiliares fundamentais para que seja possível fomentar o pensar no contexto escolar. O pensar é fundamento para que o ciclo evolutivo da tecnologia, da ciência e da cultura seja uma dinâmica constante. Para isso apontamos uma solução totalmente brasileira: uma educação dialética e problematizadora, fundada no pensamento de Paulo Freire. Uma nova pedagogia, onde crianças e jovens, que são essencialmente curiosos, sejam estimulados a ampliar sua curiosidade. Que aprendam a duvidar sempre, perguntar sobre tudo, transcender conceitos. 2014 pode ser o ano em que finalmente poderemos abandonar o “Pau-de-Arara”, afinal sabemos que há uma condução mais confortável e possível. A opção e a oportunidade de escolha são nossas. O primeiro passo pode ser dado nas ruas: o da indignação. O segundo nas urnas: o da ética.

Quem sou eu

Minha foto
Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.