Que bom que você está aqui!

É com prazer que te recebo neste espaço! Esta "casa" virtual está em permanente construção e em cada "cômodo" há uma inquietante necessidade de fazer diferente! Meus textos, relatos e imagens buscam apresentar a você os passos que constituem minha caminhada pessoal, profissional e acadêmica. A partilha que faço não intui caracterizar-se por uma postura doutrinária, autoritária ou impositiva-opressora, mas ao contrário, apresenta-se como ato solidário (jamais solitário) de contribuição à discussões humanas, planetárias e éticas!



Como educador me vejo no compromisso de participar do processo histórico de libertação dos oprimidos, marginalizados e esquecidos, a começar por mim. Despindo-me de qualquer resquício de arrogância, prepotência e soberba apresento-me como aprendente num contexto de intensa renovação de conceitos e atitudes!



Assim convido-o a juntos pensarmos em nossa condição de partícipes da grande Salvação! Salvação plena do homem e da mulher místicos, políticos e planetários!



Fraterno abraço!








Casa Rosada - sede do governo argentino. Em frente está a Praça de Maio. É um local em que é possível conhecer um pouco da história e da cultura argentina.

domingo, 23 de março de 2014

50 anos de uma tragédia Brasileira: um tributo e uma reflexão!

A “história oficial”, por muito tempo, afirmou que em 31 de março (ou 1º de abril) de 1964 ocorreu a queda de um governo frágil, comandado por um governante fraco com tendência comunista e a ascensão de um governo moralizador, progressista e capaz de reconduzir o Brasil ao “bom caminho”. Para fazer isso todas as medidas corretivas e de consolidação do novo regime se justificaram, assim como o controle da imprensa e até mesmo do pensamento de intelectuais, artistas e lideranças populares. Esta é a cortina que escondeu uma das maiores tragédias de nosso tempo. 50 anos depois, estamos reescrevendo uma parte da história! Inicialmente é preciso reconstruir a figura e o pensamento de João Goulart (Jango). Seu governo contou com personagens da envergadura de Darcy Ribeiro, Waldir Pires, Celso Furtado, San Tiago Dantas e tantos outros, que ao seu lado propuseram grandes reformas que iriam transformar e revigorar o Estado brasileiro. Os golpistas sabiam da seriedade de seu governo e de sua figura, tanto que fizeram de tudo para impedi-lo de assumir o comando do governo e percebendo o seu fracasso, tiraram-lhe grande parte do poder decisório com a invenção do parlamentarismo. Invenção rechaçada pela expressão da maioria votante em plebiscito. Acusado de comunista (o que a época soava como grave defeito), maquiado pela mídia como um governante fraco, foi enxotado do poder. A suposta fraqueza foi comprovada quando não quis resistir ao golpe arquitetado pela direita civil reacionária e consolidado pela maioria dos militares da época. Hoje é sabido que sua opção por não resistir, é na realidade a maior demonstração de grandeza de um estadista: evitar o derramamento de sangue de seu povo. Infelizmente isto aconteceu depois na “consolidação” do governo revolucionário, que transformou-se numa das mais cruéis ditaduras da história. Jango enxotado também do país só retornaria ao Brasil para seus próprios funerais. Foi o único líder político expressivo do país a morrer no exterior. Repressão, tortura, censura e desaparecimentos calaram vozes e deixaram a nação inerte, a deriva. Passados 50 anos, muitas comissões da verdade depois, ainda convivemos com vários dos ranços da ditadura civil-militar. A velha ARENA, por exemplo, produziu filhotes que hoje se travestem de progressistas, liberais, democratas e até socialistas e cristãos, apostando na absoluta falta de memória histórica da sociedade brasileira. Em nome de vitórias eleitorais a qualquer custo, formalizam-se alianças tão absurdas quanto inimagináveis, unindo lobos e cordeiros a ponto de não se saber que história estamos vivendo e vamos contar. Mas é preciso manter viva a memória desta tragédia para que as gerações futuras não se tornem vítimas de qualquer movimento que se pareça com ela. Encerando estas singelas palavras de tributo à Jango e à tantas vítimas, vale lembrar estas palavras pronunciadas por Jango no comício de 13 de março de 1964, na Central do Brasil, Rio de Janeiro: “O nosso lema, trabalhadores do Brasil, é ‘progresso com justiça, e desenvolvimento com igualdade’”. Passados 50 anos o lema tornou-se utopia, o sonho divaga no mais profundo sono, do gingante que por algumas vezes pareceu que poderia recuperar sua consciência. Este lema (sonho, utopia) foi o motivo da condenação de Jango e do país!

terça-feira, 11 de março de 2014

Testando limites

O ano de 2014 promete! Será um ano para todos testarmos nossos próprios limites. Limites de indignação, tolerância e esperança. Será um ano decisivo em vários aspectos. Por ser um ano eleitoral e sediarmos a copa do mundo já se somam alguns limites a testar. Há uma nítida sensação de tensão, vivida, segundo quem viveu e testemunhou, apenas nos tempos de ditadura. Um clima de tensão gerado por uma constante inversão de valores somente comparável àquele tempo de horror. Senão vejamos! Denúncias elevam suspeitas de que os violentos black bloks, bandidos infiltrados nos movimentos em favor da preservação da dignidade cidadã, seriam financiados para desacreditar a legitimidade destes movimentos. Algo que se assemelha a infiltração de espiões nos grupos de resistência ao regime de exceção. Políticos condenados e presos deixam a todos estarrecidos, não somente pelo inédito fato de sua prisão, mas pela intensa capacidade de angariar fundos por meio de “vaquinhas” eletrônicas para pagar suas contas com a justiça. E pior, quando um magistrado questiona a transparência destas arrecadações é inquirido a justificar sua legítima função de guardião da justiça. A cada dia é preciso dar maior razão a Rui Barbosa, quando este dizia que “de tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. O processo eleitoral que se avizinha promete debates em torno do velho discurso quase irreciclável de governo e oposição. Não há efetivamente nada de excepcionalmente novo. Políticos aventureiros, estratégias mofadas, o que não alimenta muitas esperanças. Se em junho e julho de 2013 o povo foi às ruas pedir o novo, não se vê ninguém capaz de dar uma resposta. O que se ouve, são discursos de pessoas que parecem viver noutro mundo. Não percebem mas, estão testando até mesmo o esgotamento dos limites da mediocridade que impera no universo político. Se deixamos de ser um país pacífico e tolerante é por que nos faltam grandes líderes e grandes projetos de nação. Não querem manifestações durante a copa, não por preocupação em relação às demandas legitimas da população, mas para “não fazer feio” aos olhos do mundo. Enquanto isso percebe-se uma grande maioria dominada à moda do “pão e circo”. O pão são as migalhas distribuídas em programas que deveriam ser emergenciais e se transformam em única fonte de renda para toda a vida de milhares de famílias. Os milhões de brasileiros sustentados pelo chamado “maior programa de distribuição de renda” do mundo formam uma legião de dependentes. As conseqüências disto, a médio e longo prazo, costumam ser desastrosas. O programa de fato é espetacular e seria reconhecido como sério se as pessoas atendidas fossem preparadas com o tempo, a gerar sua própria renda. O circo está garantido pela copa do mundo e olimpíadas, verdadeiros ralos de dinheiro público. Mesmo que não haja desvios de recursos públicos (o que se espera num estado democrático de direito) a relação custo-benefício não parece muito satisfatória. Assim, enquanto for preciso pedir licença para defender o que é nosso, enquanto o algoz vestir o figurino da vítima, pode-se dizer que se vive numa meia democracia. Trata-se de um teste até mesmo para nossa esperança! *Publicado no Jornal do Médio Vale de 11/03/2014

Reze por mim!

Texto em homenagem ao primeiro ano de Pontificado do Papa Francisco Desde que o cardeal Jorge M. Bergóglio, assumiu sua missão pontifícia, inúmeras vezes fez este pedido. O fez a todos os homens e mulheres de boa vontade. Não se trata de um pedido simples tanto quanto possa parecer. Não é apenas sobre sua pessoa, mas sobre sua autoridade e sobre suas decisões. Passado um ano o reconhecimento mundial à figura do Papa Francisco, não se dá por outra coisa senão pela humildade e humanidade com que conduz sua rotina. Tem sido acusado de demagogo ou por repetir um discurso que não é novo. Realmente não é um discurso novo. Pregar a paz, o encontro e a alegria do Evangelho não se constitui numa grande novidade. Pregações deste tipo realmente soam como demagógicas, aos ouvidos de quem nunca se imaginou praticando-as. Mas o discurso de Francisco não é demagógico e tampouco repetitivo, por que como poucas vezes se viu, vê-se um líder traçar seu discurso assentado em sua prática. Recusou privilégios, propôs e se fez instrumento de mudanças estruturais na Igreja, varrendo a escada de cima para baixo. Pede que o clero tenha o cheiro das ovelhas, que as pessoas escancarem seu coração ao diálogo, à tolerância e à alegria do Evangelho. Insiste por uma Igreja viva, ativa e corajosa. Quando se apresentou diante da multidão e pediu para que o povo abençoe seu bispo, fez um convite à caminhar juntos. Um exemplo a ser seguido por clérigos, leigos, pais, mães e filhos. O mundo atual, carente de líderes que guiam mais pelo exemplo e menos pelo discurso, conhece Bergóglio num momento em que experimenta uma verdadeira hecatombe, não mais nuclear, mas ambiental e ética. Assim seu discurso simples, jamais simplório, suas palavras doces, mas fortes, seu sorriso cativante e verdadeiro, o tornam uma grande novidade, por reestabelecer valores que não conhecem o desgaste daquilo que é artificial. Francisco passa a exercer seu papel como protagonista da história mundial e não apenas da Igreja. Como líder é alvo de críticas, certamente erra, mas exerce o papel que se espera de quem é chamado a ser autor da história. Seu insistente pedido de oração é também um convite para que todos caminhemos juntos. O mundo experimentado pelas guerras, violações de direitos, corrupção é também o lugar onde é possível e necessário construir esperança. Esta oração é antes de tudo uma sintonia, uma afinação, um acerto de passos que poderá iniciar uma grande revolução. Uma revolução capaz de sensibilizar os sentimentos mais nobres e ao mesmo tempo simples, de tornar o mundo mais possível de se habitar. Independentemente de religião, as reflexões de Francisco, não destoam das sinceras manifestações de outros líderes que ao longo da história apelaram para ao ser humano e para a sua forma de existir no mundo. Não é mais uma questão de religião, mas de sobrevivência. *Publicado no jornal do Médio Vale em 07/03/2014.

Quem sou eu

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Benedito Novo, Santa Catarina, Brazil
Sou Mestre em educação, graduado em Biologia e Matemática, professor da rede estadual de Santa Catarina, com experiência em educação a distância, ensino superior e pós-gradução. Sou autor e tutor de cursos na área da educação no Instituto Veritas (Ascurra) e na Atena Cursos (Timbó). Também tenho escrito constantemente para a Coluna "Artigo do Leitor" do "Jornal do Médio Vale" e para a revista eletrônica "Gestão Universitária". Fui diretor da EEB Frei Lucínio Korte (2003-2004) e secretário municipal da Educação e Promoção Social de Doutor Pedrinho (2005). Já atuei na rede municipal de ensino de Timbó. Em 2004 coordenei a campanha que conduziu à eleição do Prefeito Ercides Giacomozzi (PMDB) à prefeitura de Doutor Pedrinho. Em 2011 assumi pela segunda vez, a direção da EEB Frei Lucínio Korte.